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Biobanco Azul

O Biobanco Azul do CIIMAR insere-se no Biobanco Azul Português, uma rede de coleções biológicas marinhas nacionais cuja visão é colocar Portugal na linha da frente no que diz respeito ao conhecimento e preservação da sua biodiversidade marinha, contribuindo em simultâneo para a sua valorização económica.

O Biobanco Azul do CIIMAR, através das suas distintas coleções, está a desenvolver investigação de ponta ao nível da taxonomia e do estudo do potencial biotecnológico que explora na biodiversidade que preserva. Paralelamente, presta serviços à comunidade científica e à indústria que vão desde a identificação de espécies ao isolamento de culturas de Cianobactérias, disponibilização de diferentes tipos de amostras e depósito de amostras nas suas coleções.
O LEGE-CC é o primeiro biobanco institucional criado no CIIMAR em 1991. Este biobanco inclui culturas vivas de cerca de 2000 estirpes de cianobactérias e microalgas, maioritariamente isoladas de ecossistemas portugueses (incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores), mas também estirpes de origem internacional (ex. Bolívia, Brasil, Colômbia, Marrocos, México, República Dominicana e Cabo Verde). O LEGE-CC é guardião de uma riqueza de espécies que representa as principais ordens taxonómicas de cianobactérias e microalgas, conferindo ao LEGE-CC um valor e potencial únicos.
A CM2C foi criada em 2022 com o objetivo de reunir culturas microbianas marinhas com diferentes aplicações biotecnológicas. Esta coleção preserva atualmente cerca de 400 estirpes de Bactérias e Fungos isolados de amostras ambientais como água marinha, sedimentos, salinas, macroalgas, esponjas, corais, etc. Estas amostras são originais da costa continental atlântica, mas também dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
O DEEP-Biobank é a mais recente coleção estabelecida no CIIMAR, em 2024, com o objetivo de apoiar a investigação fundamental e a inovação no setor da biotecnologia azul. Neste biobanco existem cerca de 400 espécimes recolhidos no mar profundo, que são maioritariamente compostos por esponjas e corais do Oceano Atlântico.

O Biobanco Azul Português cria uma rede digital que interliga coleções nacionais de forma a facilitar o acesso sustentável e regulado à biodiversidade marinha para a comunidade científica e para a indústria. O Biobanco Azul Português promove a conservação da biodiversidade e propõe um quadro legal para a amostragem de recursos biológicos marinhos e a criação de biobancos de acordo com o Acesso e Partilha de Benefícios (ABS) considerado pelo Protocolo de Nagoya. Este projeto é liderado pelo CIIMAR e é um projeto transversal do Consórcio do Pacto para a Bioeconomia Azul (PBA) patrocinado pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). No Biobanco Azul Português, para além do CIIMAR, temos parceiros dos seguintes institutos nacionais: UA (Universidade de Aveiro), IST-ID (Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento), IGC (Instituto Gulbenkian de Ciência), UNL (Universidade Nova de Lisboa), CCMAR (Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve), IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), S2AQUA e GreenCoLab.
Enquanto instituição líder do Biobanco Azul Português, o CIIMAR gere o projeto, a sua comunicação científica e cria a estrutura da sua rede digital. Neste contexto, nasce o Biobanco Azul do CIIMAR, um repositório de biodiversidade marinha que inclui recursos biológicos com potencial biotecnológico depositados em três biobancos institucionais. Os três biobancos que constituem o Biobanco Azul do CIIMAR são a Coleção Azul de Culturas de Biotecnologia e Ecotoxicologia (LEGE-CC), a Coleção de Culturas Microbianas do CIIMAR (CM2C) e o biobanco DEEP.

Investigador principal
Group Leader

Doutoramento em Biologia pela FCUP, Porto. Professor Catedrático – Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e director do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Chief Strategy Officer – Agricultura – Fykia Biotech. Diretor da Equipa de Biotecnologia Azul e Saúde (BBE) do CIIMAR.
Investigação principal: metabolitos secundários de cianobactérias: toxinas e moléculas com aplicações biotecnológicas. Diretor da coleção de culturas LEGE que compreende mais de 2.000 estirpes de cianobactérias e microalgas. Publicou 490 artigos em Biotecnologia e Ecotoxicologia. Coordenador de dois projetos H2020: RISE e ERA Chair.
Diretor do Programa Doutoral em Biotecnologia Marinha e Aquacultura (U Porto e U Minho).

EQUIPAS DE INVESTIGAÇÃO:
Biotecnologia azul, saúde e ambiente
Acesso aos Ecossistemas
Laboratórios Analíticos
Aquacultura e Experimentação Animal
Biodescoberta e Ómicas
Ecotoxicologia