Em resposta aos desafios prementes que as atividades humanas e as alterações climáticas colocam aos ecossistemas marinhos, a União Europeia financia o projeto BioProtect com 8 milhões de euros para proteger e restaurar a biodiversidade marinha no Oceano Atlântico e no Ártico.
O projeto é coordenado pela instituição de investigação Matís na Islândia e reúne 18 parceiros de 8 países dos quais se destacam 5 instituições portuguesas: o CIIMAR, a Universidade de Aveiro, o INESC TEC, o Okeanos da Universidade dos Açores e o AIR Centre. Durante os próximos quatro anos, estes parceiros irão colaborar no desenvolvimento de soluções inovadoras, ajustáveis e escaláveis, centradas num conjunto de ecossistemas marinhos, com o objetivo de conservar a biodiversidade nos mares europeus.
O papel de Portugal
Desenhado tendo em conta os objetivos da UE para 2030 e o Pacto Ecológico Europeu, o projeto BioProtect reuniu uma rede de parceiros robusta e desenhou uma abordagem colaborativa para caminhar para uma nova era de conservação e recuperação da biodiversidade marinha nos mares europeus. Portugal, com a sua vasta ligação ao mar e um espaço marítimo nacional tão extenso, tem um papel preponderante quando se considera a conservação e restauro da biodiversidade marinha no Atlântico.
O empenho do CIIMAR
Joana Xavier, Investigadora do CIIMAR materializa a dinâmica do BioProtect em Portugal destacando o potencial conjunto das competências de todos os parceiros: “Para além da dimensão internacional, este projeto também permitirá consolidar a colaboração entre os parceiros nacionais que possuem competências complementares nas áreas da exploração e observação de habitats marinhos, experimentação com organismos de mar profundo, desenvolvimento de tecnologia e robótica marinha, bem como socio-ecologia e governança marinha. Este trabalho em rede é crucial para avançarmos não só o conhecimento mas também soluções e estratégias que apoiem a gestão sustentável deste bem comum que é a biodiversidade marinha“.
O consórcio do projeto BioProtect reuniu pela primeira vez a 22 e 23 de maio de 2024 em Copenhaga, Dinamarca. Este evento reuniu todos os parceiros do projeto num esforço de colaboração para planear os próximos passos do projeto e começar a desenvolver soluções orientadas para o impacto, que abordem eficazmente a perda de biodiversidade e as alterações climáticas.
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