O novo método permite assegurar a qualidade dos produtos e segurança na cadeia alimentar.
Na tentativa de garantir a segurança alimentar e evitar riscos de fraude e rotulagem incorreta os investigadores do grupo Alimentos e Qualidade do Pescado criaram um teste de PCR em tempo real que identifica com precisão duas espécies de insetos amplamente utilizadas na produção de alimentos: a larva de farinha e mosca-soldado-negra. Este novo método destaca-se pela sua sensibilidade, sendo capaz de detetar níveis muito baixos de DNA dessas espécies, mesmo em produtos processados e complexos como rações para aquacultura ou hidrolisados proteicos.
O estudo “DNA-based authentication for insect-based feedstuffs: The case study of Tenebrio molitor and Hermetia illucens” foi publicado na prestigiada revista Journal of Food Composition and Analysis e desenvolvido no âmbito do projeto Pep4Fish, que explora soluções nutricionais inovadoras para dietas de robalo e dourada de aquacultura, baseadas em subprodutos alimentares.
O avanço descrito neste estudo é especialmente relevante para a indústria de rações e alimentos, uma vez que a União Europeia tem promovido o uso de insetos como fonte sustentável de proteína, tanto para consumo humano quanto para alimentação animal. Além de garantir a transparência e qualidade, o novo método também representa um importante passo na sustentabilidade ao permitir certificar ingredientes provenientes de fontes autorizadas, alinhando-se com os princípios da economia circular e do modelo da bioeconomia azul. De acordo com os investigadores, este protocolo de autenticação não só protege os consumidores e produtores, mas também fortalece a confiança na cadeia de valor de alimentos inovadores à base de insetos, contribuindo para uma aquacultura mais sustentável e segura.
O Pep4Fish é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no âmbito do Pacto da Bioeconomia Azul.
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