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Novembro 29, 2024

Investigadores do CIIMAR vencem terceira edição do concurso BluAct

O AlgaBioTec propõe um bioplástico fertilizante, preocupado com o ambiente e com os nossos agricultores, e dá uma nova vida às macroalgas acumuladas na nossa costa.

O projeto AlgaBioTec, que envolve investigadores do CIIMAR, vence a terceira Edição do concurso BluAct, propondo um bioplástico fertilizante, preocupado com o ambiente e com os agricultores, e que dá uma nova vida às macroalgas acumuladas na costa portuguesa.

O AlgaBioTec é um projeto de empreendedorismo que pretende resolver dois grandes desafios actuais na costa portuguesa: acumulação de macroalgas nas praias e o notável aumento da poluição por plásticos. Em resposta a estes problemas o projeto, que envolveu duas investigadoras do CIIMAR, pretende fazer a transformação das macroalgas das zonas costeiras em recursos sustentáveis e valiosos para a sociedade, particularmente na área da agricultura. Para isso, pretende criar um bioplástico biodegradável através de um processamento mínimo destas macroalgas, cuja fonte inerente de nutrientes cria a possibilidade de ser usado também como fertilizante de baixo custo.

Desenvolvido pelas investigadoras Isabel Cunha e Isabel Oliveira do grupo de investigação em Biotecnologia azul, saúde e ambiente, em colaboração com Raquel Vaz, estudante de doutoramento da Universidade de Coimbra na área de Biossensores e Biomateriais, e Paulo Patrício, gestor, o projeto desenvolveu uma tecnologia simples e económica que recorre à utilização de resíduos marinhos, e a um processamento mínimo das macroalgas que não obriga à extração de biopolímeros ou fermentação bacteriana. Do projeto resultou também a criação de um bioplástico degradável com bioatividade inerente que, ao ser utilizado na agricultura como fertilizante, promete uma libertação prolongada de nutrientes no solo, melhorando o crescimento dos plantios.

 

Sobre o BluAct

Com três edições implementadas, o BluAct é uma iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos dirigida a pessoas com projetos empresariais/ideias de negócio e empresas já legalmente constituídas, até cinco anos, que tenham um impacto significativo na economia azul. Premeia as ideias de negócio relacionados a sustentabilidade no setor da água; pesca, transformação, conservação e comercialização do pescado; aquacultura, bio recursos e biotecnologia azul; portos, transportes e logística; indústrias navais e energias marinhas; náutica e turismo náutico, desde que produzam efeito na economia do mar, entre outras.