Os relatórios europeus afirmam que a população da enguia europeia, Anguilla anguilla, diminuiu na maioria das áreas para limites biológicos inseguros e a pesca atual não é sustentável. Na verdade, a enguia europeia é considerada uma espécie “criticamente ameaçada” desde os anos 70 e está na “Lista Vermelha da IUCN” desde 2010. A pesca de enguia de vidro ou meixão é muito restrita na Europa, mas as capturas ilegais e o comércio internacional paralelo são ameaças importantes para os atuais stocks de enguias devido ao seu elevado valor comercial (até 1800 €/kg).

A principal hipótese deste estudo é: As enguias de vidro de cada estuário apresentam perfis químicos únicos de acordo com a qualidade ecológica do habitat. Essas identidades químicas exclusivas serão avaliadas por revolucionárias abordagens de integração química (AIQ) baseadas em análises de multi-elementos (macro-metais, metais vestigiais e metais ultra-vestigiais), metabolomas globais e isótopos estáveis. Assim, AIQ serão “armas” químicas eficazes para: (i) identificar as enguias de vidro selvagens; (ii) identificar as enguias de vidro de aquacultura; (iii) autenticar, rastrear e certificar enguias de vidro; (iv) combater o comércio ilegal da enguia de vidro. No final, com base nas informações das AIQ associadas a recursos tecnológicos comerciais, teremos um protótipo laboratorial para desenvolver novas “Armas” Químicas baseado num compacto “Kit de Campo Portátil”: fotômetro-de-mão portátil para metais, FTIR-de-mão portátil para metabolomas e IRMS-de-campo portátil para isótopos estáveis. Esta proposta desenvolverá “armas” químicas rápidas, inovadoras e económicas que ajudarão a restaurar os atuais stocks de Enguia-Europeia para níveis biológicos seguros.