NANOBINDERS

A exploração do urânio em Portugal entre 1908 e 2001 resultou em enormes focos de exposição ao metal. Apesar do sucesso geral dos trabalhos de remediação convencionais para contrariar os riscos associados, ainda existem efluentes mineiros e/ou descargas não pontuais (eventos de lixiviação/drenagem) que põem em risco os sistemas aquáticos adjacentes. A biorremediação tem sido uma excelente alternativa, centrando-se principalmente no potencial microbiano.

Mas a utilização dircta de organismos vivos pode não ser bem sucedida devido às suas margens de tolerância reduzidas. Como tal, o projeto NANOBINDERS irá abordar a criação de nanobeads poliméricos biogénicos, biodegradáveis e não tóxicos com elevado potencial de biossorção de metais na água – os NANOBINDERS. Estas nanobeads serão auto-detalhadas no interior de bactérias artificiais, sendo a biossíntese optimizada através da utilização de fontes de carbono de baixo custo obtidas a partir da reciclagem de resíduos. O potencial de biorremediação dos NANOBINDERS será validado em sistemas de pequena escala estabelecidos em condições laboratoriais. Os NANOBINDERS serão ainda mais explorados como elementos de biosensagem para a monitorização da eficiência da bioremediação, bem como da exposição de metais na água. A fim de alcançar estes objetivos, o projeto reunirá o meio académico e industrial, reunindo peritos de diferentes áreas científicas e a empresa EDM (Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA).